Teste de paternidade

30 de mar de 2018
Com certeza você já deve ter ouvido alguém falar sobre ‘exame de DNA’ ou ‘teste de paternidade’, não é mesmo? Mas você sabe como funciona? O teste de paternidade ou de DNA nada mais é do que um exame realizado em laboratório para comprovar a possibilidade de existência de vínculo genético entre suposto pai e filho. morePerguntamos algumas coisas sobre esse teste para o Doutor em Biotecnologia e responsável pela área de Biologia Molecular do Laboratório Frischmann Aisengart, que ajudará a tirar suas dúvidas. Como é feito o teste de paternidade? Em um teste padrão, são coletadas amostras de sangue da mãe, do filho e do suposto pai e a análise é realizada pelo confronto entre os perfis genéticos obtidos. O teste é processado com o auxílio de modernos equipamentos e um minucioso trabalho de especialistas em genética molecular. O que é o DNA? É a abreviação de Ácido Desoxirribonucleico. Trata-se de uma substância bioquímica presente na maioria de nossas células e que contém as instruções que coordenam o desenvolvimento e funcionamento de cada ser vivo. Existe só um tipo de teste? Basicamente, há 3 modalidades de exame: particular, judicial ou espólio. Ensaios de natureza particular são realizados sem envolvimento da justiça, é o próprio cliente quem escolhe o laboratório e realiza o teste. O exame é feito de forma amigável, em comum acordo entre as partes envolvidas. Exames de natureza judicial são casos triviais de paternidade em que há um processo de reconhecimento (ou de negatória) de paternidade em trâmite na Justiça. Casos de espólio são exames de paternidade realizados sem a presença do suposto pai, por estar falecido ou ausente. Duas situações se enquadram nesta categoria: reconstruções genéticas e exumações. Qual é a exatidão do teste de paternidade? Nos casos de não exclusão da paternidade entre suposto pai e filho, os exames atingem graus de precisão que oscilam entre 99,9% a 99,99999999%. Em casos de resultados negativos, ou seja, exclusão de vínculo genético de paternidade entre suposto pai e filho, o exame aponta, com 100% de segurança, a inexistência de vínculo entre ambos. É preciso estar em jejum para fazer o exame? Não. Exames de paternidade por DNA não sofrem qualquer alteração por alimentação, estado de saúde ou idade. A coleta é feita no suposto pai e na criança da mesma forma? Sim. Podem ser coletadas amostras sanguíneas ou de mucosa oral de qualquer dos envolvidos (mãe, filho ou suposto pai). A coleta é feita com testemunhas? Não há necessidade de testemunhas para a realização da coleta. Porém, é uma garantia de idoneidade ao processo o registro fotográfico dos periciados no momento da coleta de amostras. É possível coletar material do feto para o exame de paternidade? Como funciona nesses casos? Sim. Pode ser realizado um exame de paternidade pré-natal, ou seja, antes do nascimento da criança. Neste caso é necessária a coleta de líquido amniótico da gestante para a obtenção de material genético do feto. Via de regra há o requisito de um tempo de gestação mínimo (12 semanas de gestação) para garantia de sucesso na obtenção de perfil genético viável do feto. É preciso autorização da pessoa (no caso o suposto pai) para fazer o teste? Sim. A coleta de todos os envolvidos deve ser previamente autorizada mediante assinatura de um termo de consentimento. No caso da criança, seu responsável legal é a pessoa quem deverá autorizar a coleta. Quanto custa , em média, um teste de paternidade? Exames triviais de paternidade custam em torno de R$ 600,00 reais. Casos de reconstrução genética (suposto pai falecido), por serem mais complexos, podem ter preços até 10 vezes superiores. Leva quanto tempo para sair o resultado? Um exame trivial (com 3 amostras: mãe, filho e suposto pai) é concluído em 1 semana. Porém, em caráter de urgência, o exame pode ser liberado em no máximo 48 horas. Em caso de confirmação de paternidade, esse documento vai garantir algum direito para o filho? Sem dúvida. Um resultado positivo permite o reconhecimento judicial da paternidade, possibilitando à criança o direito ao uso do sobrenome do pai, o direito de ser por ele alimentado, bem como de sucedê-lo quando do seu falecimento. Para maiores esclarecimentos é só entrar em contato com o Laboratório Frischamann Aisengart pelo fone: 4004-0103.